Dissertação de História da Filosofia Moderna I (2º/2011)
Disserte sobre as passagens abaixo
“Pela palavra pensar entendo tudo quanto ocorre em nós de tal maneira que o notamos imediatamente por nós próprios; é por isso que compreender, querer, imaginar, mas também sentir, são a mesma coisa que pensar. Porque se afirmo que vejo ou que caminho, e daí deduzo que existo; se ouço falar da ação que se pratica com os meus olhos ou com as minhas pernas, esta conclusão não é de tal modo infalível que eu não tenha razão para duvidar dela, porque eu posso pensar, ver ou caminhar quando durmo, embora não saia do mesmo lugar. Isto me acontece algumas vezes quando durmo e poderia talvez me suceder se não tivesse corpo: ao passo que se ouço falar somente da ação do meu pensamento, ou do sentimento, ou seja, do conhecimento que existe em mim e que me leva a supor que vejo ou caminho, essa mesma conclusão é absolutamente verdadeira que não posso duvidar dela, visto que se refere à alma, que é a única a ter a faculdade de sentir ou pensar de qualquer modo que seja.”
“Mas quando o pensamento que se conhece a si mesmo desta maneira, não obstante persista ainda em duvidar de outras coisas, usa de circunspecção para tentar levar o conhecimento mais além, encontra em si primeiramente as ideias de várias coisas; e enquanto as contempla simplesmente e não confirma se há alguma coisa fora de si semelhante às ideias, e que também não o negue, está livre do perigo de se iludir. O pensamento encontra algumas noções comuns com que compõe demonstrações que o persuadem tão absolutamente de que não poderia duvidar da sua verdade enquanto se dedicasse a isso. Por exemplo, tem em si as ideias dos números e das figuras: ou ainda a seguinte noção: se acrescentamos quantidades iguais a outras quantidades iguais, o todo será igual, e muitas outras tão evidentes como esta, por meio das quais se torna fácil, por exemplo, demonstrar que os três ângulos de um triângulo são iguais a dois retos, etc. Enquanto apreende essas noções, bem como a ordem pela qual deduziu tal conclusão ou outras semelhantes, o pensamento acha-se muito seguro da sua verdade. Porém, como não podia pensar sempre assim com tanta atenção, quando se lembra de alguma conclusão sem ter em conta a ordem de sua demonstração, pensando, no entanto, que o autor do seu ser teria podido cria-lo com tal natureza mesmo se se iludisse em tudo o que lhe parece muito evidente, vê bem que tem justa razão para desconfiar da verdade de tudo aquilo de que não se apercebe distintamente, e que não poderia ter nenhuma ciência certa antes de haver conhecido aquele que o criou.”
poderiam por favor colocar a fonte? ou não exijam nos trabalhos.
ResponderExcluirMeu professor pediu uma Dissertação sobre a história como um todo, mais não encontrei. :(
ResponderExcluirSegundo o professor, as fontes não foram dadas propositalmente....reconhecer o autor e os trechos fazia parte da avaliação...os que estudaram minimamente reconheceram de cara do que se tratava.
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